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Escolha do Capacete

Por ser a peça mais importante como item de segurança, ser uma extensão corpo, da moto e também da personalidade do motociclista então, para escolher, devemos levar em conta, características como, tipo de capacete, estilo, forma,  cores, desenhos, e desta forma torna-se impossível determinar qual o melhor capacete e sim o capacete correto para sua necessidade e segurança.

Na minha opinião para pilotagem em longas distâncias três características são de fundamental importância.

 

Primeira característica - O material utilizado na fabricação deve ser de boa qualidade e pode variar de mais simples e baratos, como ABS ou Fibras de Vidro , aos  mais caros e complexos como  Kevlar® (Material utilizado em coletes a prova de balas) SNC® (Structural Net Composite),  feitos manualmente no Japão.

A qualidade do material é diretamente proporcional a resistência e capacidade de absorção de impactos em altas velocidades.

 

Segunda característica – Ventilação apropriada. Estudos indicam que, mais importante que a entrada de ar frio no capacete é a capacidade que ele tem de expulsar o ar quente, que causa desconforto pelo próprio calor, e principalmente expulsar o CO2 eliminado pela respiração.

Geralmente o piloto não percebe efeitos como sonolência, desconforto e necessidade de abrir a viseira ou o queixo em caso de capacete escamoteável,  estes efeitos podem estar sendo causados pelo acumulo de CO2.

para diminuir este efeito existem capacetes com entradas de ar simples,  porém com até,  3 saídas de ar para melhorar o conforto, considerando que passamos 2 a 3 horas dentro do capacete a velocidades não muito altas.

 

Terceira  característica –  O peso. Não seria  correto dizer que um capacete mais pesado é ruim, e um leve é bom,  em média os capacetes pesam 1,2 Kg , com o advento de novos materiais e novas tecnologias, há uma tendência de lançamentos de capacetes mais confortáveis e ventilados e também mais leves. Atualmente  temos a proporção quanto mais leves mais caros.

 

Outras característica a se levar em conta como preço, capacetes muito baratos, apesar de homologados, tem qualidade duvidosa, apresentam forro de difícil remoção, engate do queixo de difícil acoplamento, o material da viseira risca com facilidade, são barulhentos até mesmo em baixas velocidades, podem embaçar com facilidade em caso de chuva ou frio,  tem má ventilação.

Capacetes com preços medianos,  possuem viseiras anti-risco substituíveis, são menos barulhentos, com ventilação satisfatória engate de queixo mais seguro,

O ideal seria utilizar capacetes leves, com engate seguro , viseiras duplas que não embaçam, silenciosos,  com bom acabamento, aerodinâmica , e devido a a estas melhores tecnologias, são mais caros.

 

Para vencer grandes distâncias todos os dias o pescoço vai agradecer a escolha de um capacete seguro ventilado , leve, confortável e bonito ,  afinal o capacete é a extensão do piloto e da moto.

Curiosidades

Você sabia?

A contribuição  de Thomas Edwar Lawrence , nas áreas da arqueologia , militar, diplomacia e literatura, são grandiosas, a sua vida inspirou ainda o filme Lawrence da Arabia , e o best selers , Os Sete Pilares da Sabedoria.

A medida do diâmetro da cabeça, na altura da testa em centímetros , geralmente é a medida do capacete, mediu 58 cm , capacete tamanho 58, ou usar as tabelas XM = 53-54 cm, L 59-60 cm, quanto aos importados temos (*) M  22.44 – 22.83 Inches ( 57-58 cm ), o mais importante é o capacete ficar justo,  sem apertar e sem possibilidade de se movimentar quando  a cabeça está parada, para que em caso de queda não salte da cabeça sem cumprir sua função de proteção do crânio sem deixar nenhuma parte da cabeça amostra.

Os capacetes devem ser descartados apos 3 anos de uso, no caso dos capacetes nacionais a validade está impressa no selo e a Policia pode averiguar se o capacete está com validade vencida e com o selo do Inmetro , caso contrário pode apreender a moto alguns capacetes importados , obviamente não tem o selo do Inmetro e portanto ao pé da letra estão ilegais, porém através de argumentação existem  selos de certificação no mundo, como a AS (Austrália), CSA (Canadá), SNI (Indonésia), JIS (Japão), NZ (Nova Zelândia), IS (Índia), ECE (Europa), DOT (Usa) – ACU (UK) e um dos mais respeitadas é a certificação americana , Helmet Law Defense League.

O nome Snell da certificação americana se dá em homenagem a William “Pete” Snell , piloto do automobilismo morto em acidente de corrida, sua família criou uma fundação com o intuito de fornecer testes para chancelar a eficácia dos capacetes e hoje é reconhecido como líder mundial em testes de capacetes, bons capacetes americanos possuem o selo Snell.

O Meu Capacete

Ignorando-se a segurança 10 entre 10 motociclistas  inegavelmente expressariam o desejo de pilotar sem capacete como nos filmes , diários de Motocicleta , Os 12 Trabalhos , Caro Diário,  Stepters, Easy Rider , The Wild One , The Wild Angels,  Evil Knievel , mas sabendo que é ilegal e perigoso , devo confessar que indiscutivelmente os escamoteáveis,  são os meus preferidos “ , mesmo sabendo que as pesquisas mostram , grande parte dos impactos em acidentes, são na região do queixo , superando 50 % , e e que são mais barulhentos e menos aerodinâmicos.

A verdade é que, apesar do risco, eu não resisto em levantar o queixo e a viseira quando em baixas velocidades , 10-30 Km/h. Acho que é semelhante a necessidade que os cachorros tem quando colocam a cabeça para fora do carro em movimento . Os cachorros tem 200 milhões de receptores de cheiro e o humano com apenas 5 milhões mas deve ser pelo mesmo motivo,  pilotar sentindo o cheiro do mar, das montanhas,  da cidade. 

Historia do Capacete

Historia do Capacete

 

O oficial do exercito Inglês Thomas Edwar Lawrence (1888-1935)*, nascido em Gales UK, era um aficionado pela velocidade e gastava seu tempo livre entre o exercito,  escrever e viajar  em longos passeios de moto,  pelos campos da Grã Bretanha. Um certo dia foi aos correios de Bovington, com sua Brough Superior SS100, para enviar uma encomenda de livros a um amigo e ao tentar desviar de dois ciclistas em uma depressão da estrada, foi projetado da moto por cima do guidão sofrendo várias lesões e fraturando o crânio. Permaneceu durante 6 dias em coma e faleceu . Hugh Cairins um neurocirurgião , inconformado com a morte, de uma pessoa tão relevante para a Inglaterra, pela sua colaboração cultural, começou a estudar o conceito de perda desnecessária da vida por meio de ferimentos na cabeça.

 

Graças aos seus estudos, tanto o exercito inglês quanto os civis, passaram a utilizar os capacetes na Grand Bretanha, a partir daquela época.

 

Em 1950-1953 o Professor CF Red Lombard , desenvolveu um capacete projetado para absorver e dissipar a energia do impacto juntamente com uma camada com função de conforto. Já 1954 , na Califórnia um jovem amante do automobilismo Roy Richter , viu a possibilidade de ganhar dinheiro com equipamentos de segurança para motocicletas e automobilismo, produzindo o primeiro capacete manufaturado , o 500 Tx, da Bell Helmet. Logo depois em 1966 , foi aprovada a lei de segurança rodoviária nos Estados Unidos regulamentando seu uso.

 

A Guerra do Capacete – 1970  - Por todos os Estados Unidos ecoava, “ Freedom” , grito dos motociclistas , que alegavam que o uso ou não do capacete,  seria um direito constitucional, alegavam que, mesmo sendo eles feridos ou mortos em acidentes, não causariam danos a outras pessoas a não ser a si mesmas.

Ótimo argumento, imediatamente governo e as universidades, iniciaram vários estudos para medir a eficácia do novo equipamento de segurança, derrubando a argumentação dos motociclistas, alegando que em caso de acidentes, eles poderiam causar sérios prejuízos a seguridade social do país, custos com internação e tempo ocioso, mesmo sem intenção, prejuízos diretos ou indiretos às suas famílias e sociedade em geral, além disso, os órgãos governamentais provaram que apenas 2% dos veículos eram motocicletas e eram responsáveis por 8% da totalidade das fatalidades em acidentes. Por incrível que pareça em 1975, por motivação  política,  o congresso americano retirou a exigência do uso do capacete e em pouco mais de 3 anos, isso também ocorreu na maioria dos estados americanos, como era de se esperar, os níveis de acidentes fatais aumentaram significativamente.

Em 1977 foi criado o primeiro capacete facial completo com proteção para os olhos e, talvez por isso amplamente rejeitado pelos motociclistas, que insistiam na sua não utilização.

Em 1999 concluiu-se que 13 milhões de dólares foram salvos pela simples utilização do capacete apenas nos Estados Unidos.

Atualmente,  apenas três estados não têm leis que regulamentam o uso do capacete,  deixando esta decisão de seu para o motociclistas, muitos estados exigem o uso para  menores de idade, 17-21 anos de idade, mas isso é difícil de aplicar e apenas 20 estados e no Distrito de Columbia, têm leis onde o uso é obrigatório.

No Canadá desde 1974, existe um programa de treinamento de segurança para motociclistas chamado Engrenagem Up, onde a formação é voluntaria porém 70% dos  recém licenciados foram aprovados.

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